quinta-feira, 29 de março de 2012

Equipamentos de Protecção individual

Os perigos são potenciais fontes de acidentes. O controlo dos riscos, dentro de limites aceitáveis, é o objetivo a atingir, já que a sua eliminação raramente é possível.
Os equipamentos individuais de proteção exigem do trabalhador um sobre esforço no desempenho das suas funções, quer pelo peso quer pela dificuldade respiratória, quer ainda pelo desconforto geral que podem provocar.

Devem, portanto, ser usadas apenas na impossibilidade de adoção de medidas de ordem geral. A seleção dos equipamentos de proteção individual (EPI) deverá ter em conta:
·         Os riscos a que está exposto o trabalhador;
·         As condições em que trabalha;
·         A parte do corpo a proteger;
·         As características do próprio trabalhador.

Os EPI devem obedecer aos seguintes requisitos: serem cómodos, robustos, leves e adaptáveis. Um aspeto muito importante a considerar na seleção dos EPI é a certificação dos mesmos, A diretiva n.º 89/686/CEE, do concelho 21 de Dezembro, relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros, respeitante aos equipamentos de proteção individual, define os procedimentos que um fabricante deve observar, tendo em vista a obtenção de uma declaração de conformidade “CE” do seu equipamento.
O exame “CE” de tipo é o procedimento pelo qual um organismo de inspeção notificado verifica e certifica que um determinado modelo de EPI satisfaz as disposições da diretiva.

Consideram-se três categorias de risco para os EPI
·         A categoria I – associada ao mais baixo nível de proteção. Apresenta a marca CE, sendo autocertificável pelo fabricante.
·         A categoria II – associada a um nível médio de proteção, apresenta a marca CE, sendo certificada por um laboratório acreditado.
·         A categoria III – associada ao mais elevado nível de proteção. Apresenta a marca CE mais um código de 4 dígitos do organismo de certificação. O fabricante deve dispor de um certificado de qualidade no âmbito, por exemplo, da norma ISSO 9000.

O decreto-lei n.º348/93, de 1 de Outubro, transpõe para a ordem jurídica interna a diretiva n.º 89/656/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual. A descrição técnica deste equipamento, bem como das atividades e sectores de atividade para os quais aquele pode ser necessário, é o objeto da Portaria n.º988/93, de 6 de Outubro.

São várias as notícias sobre acidentes de trabalho mas estes só são mais graves quando os trabalhadores não utilizam equipamentos de proteção individual, por exemplo, no Brasil, um trabalhador teve um acidente fatal quando trocava uma telha no telhado da empresa. O trabalhador não utilizava EPI para proteção contra queda e caiu de uma altura de 12 metros.

Proteção da cabeça

A cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados, pancadas violentas ou projeção de partículas. A proteção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacetes de proteção, os quais devem apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração. Segundo a norma portuguesa NP EN 397: 1997, o capacete é basicamente constituído pelo casco e pelo arnês (figura1).
Figura 1 - Capacete com arnês

Os acidentes mais comuns que decorram da ausência deste tipo de EPI é a queda de matérias sobre a cabeça do trabalhador ou mesmo a queda deste sobre algum material em que pode bater com a cabeça. As consequências podem ir de uma simples ferida a um grave acidente fatal.

Proteção dos olhos e do rosto

            Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo, onde os acidentes podem atingir a maior gravidade. As lesões nos olhos, ocasionais por acidentes de trabalho, podem ser devidas a diferentes causas:
·         Ações mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas;
·         Ações óticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser;
·         Ações químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no estado sólido, líquido ou gasoso;
·         Ações térmicas, devido a temperaturas extremas.
Os olhos e também o rosto protejam-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.
No caso de não existir proteção de olhos e rosto são vários os acidentes que podem ocorrer, desde queimaduras (devido a temperaturas altas e produtos corrosivos) a feridas oculares decorrentes da libertação de poeiras e partículas de alguns trabalhos existentes.

Figura 2 - Proteção de olhos

Proteção das vias respiratórias

            A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras. A proteção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de proteção respiratória.
            Os aparelhos filtrantes (máscaras) só devem ser utilizados quando a concentração de oxigénio na atmosfera é de, pelo menos, 17% em volume. Por sua vez, a concentração dos contaminantes não poderá exceder um determinado valor, que é função do seu grau de toxicidade.
            Os filtros de gases e vapores destinam-se à retenção de gases e vapores do ar.
            Os filtros físicos ou mecânicos impõem-se na proteção contra partículas em suspensão no ar (aerossóis sólidos ou líquidos).
            Por último, existem os filtros mistos (combinação de filtros de gases e vapores e filtros de partículas), que se destinam à retenção de partículas sólidas e/ou liquidas, bem como gases e vapores do ar.
            A norma europeia EN 141:1990 classifica os filtros de gases e vapores segundo o tipo de contaminantes a reter e segundo a sua capacidade.

Os acidentes mais comuns decorrentes da falta de EPI das vias respiratórias passam por inalação de partículas, tais como, gases, vapores, fumos, poeira, entre outros.


Figura 3 - Máscara de proteção das vias respiratórias 

Proteção do tronco

            O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confecionado em diferentes tecidos, estes tecidos alteram segundo o tipo de agente agressor. Em certos casos podem ser utilizados aventais contra a projeção de líquidos (corrosivos ou não) ou contra radiações.
            São utilizáveis fibras naturais ou sintéticas no vestuário norma de trabalho. A lã resiste melhor do que o algodão a elevadas temperaturas, podendo ambos ser impregnados com substâncias incombustíveis. Certas fibras poliamídicas podem ser utilizadas em trabalhos sob calor intenso e no combate a incêndios. Para proteção contra óleos e outros produtos químicos serão de preferir materiais plásticos como o PVC, o neopreno e o polietileno de baixa densidade. Na defesa contra radiações é aconselhável o couro.

Figura 4 - Avental de couro

Proteção Auditiva

            A norma NP EN 458: 2006 apresenta a seguinte classificação de protetores auditivos:


SEGUNDO A FORMA OU MODO DE UTILIZAÇÃO
Abafadores
(protetores auriculares)
·         Com banda (de cabeça, de pescoço, de queixo e universal
·         Montados em capacete de proteção
Tampões Auditivos
·         Pré-moldados
·         Moldados pelo utilizador (compressíveis)
·         Feitos à medida
·         Ligados por uma banda
Capacetes Acústicos
Permitem reduzir, com vantagem, a transmissão das ondas acústicas à caixa craniana.


            Os tampões são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano. Os materiais empregues são: o algodão, a borracha, os plásticos e a lã mineral. Podem ainda ser classificados em duas categorias: descartáveis e reutilizáveis.
            A proteção individual deverá ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária for suscetível de exceder 80 decibéis (A).
No caso da inexistência de EPI de proteção auditiva os acidentes mais decorrentes devem-se a ruídos de máquinas de trabalho.

Figura 5 - Tampões auditivos


Proteção dos Pés e dos Membros inferiores

            A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos. Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos interiormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé.
            Em certos caos, verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés, devendo, ser incorporada uma palmilha de aço no respetivo calçado. A sola é um componente muito importante do calçado de proteção.
            Os trabalhos em meios húmidos ou encharcados obrigam à utilização de botins de borracha de cano alto, de preferência com solas antiderrapantes para melhorar aderência ao solo. Para resistir ao calor deve ser utilizado o couro. Também os joelhos podem ser protegidos utilizando joelheiras apropriadas.
No que diz respeito a esta proteção, os acidentes mais comuns, devido à inexistência de EPI, são as quedas de material de trabalho em cima dos pés e membros inferiores dos trabalhadores.

Imagem 6 - Bota de biqueira de aço

Proteção das Mãos e dos Membros Superiores

            Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria, daí a necessidade da sua proteção. O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do que as mãos, não sendo, contudo, de subestimar a sua proteção. Como dispositivos de proteção individual usar-se-ão luvas, dedeiras, mangas ou braçadeiras. As luvas são os dispositivos mais frequentes e podem dispor de 2, 3 ou 5 dedos. Tal como já foi referido anteriormente referido, os materiais utilizados dependem do agente agressor, podendo, por exemplo, ser de couro, tecido, borracha natural, plásticos ou malha metálica (em aço).
            Como meio de proteção da pele das mãos contra ação agressiva de certos produtos químicos podem-se, ainda, utilizar cremes protetores, sendo que a eficiência da sua proteção não é tão boa como a que se obtêm pelo uso de luvas.

Figura 7 - Luva de rede metálica


Proteção Contra Quedas

            A proteção contra quedas em altura deve ser feita com um arnês ligado a um sistema para-quedas. Na posição de trabalho pode o trabalhador eventualmente ficar preso a uma corda de amarração, a qual lhe permite dispor de mãos livres para a execução de qualquer tarefa.
            Para escadas fixas existe igualmente um equipamento contra quedas baseado nem cabo e num mecanismo capaz de parar o movimento do utilizador no sentido da queda, através do acionamento automático do sistema de bloqueio.
            Os equipamentos de proteção contra quedas em altura, designadamente, dispositivos de amarração, arneses de cintura e pernas e cintos de segurança são objeto, respetivamente, das normas NP EN 795: 1998, NP EN 813: 2000 e NP EN 1891: 2000.
Devido à falta de EPI contra quedas ocorrem vários acidentes de quedas em altura, sendo estes os mais perigosos e fatais.

Figura 8 - Proteção contra quedas


Reflexão

Os EPI têm como principais funções a redução da exposição humana aos agentes infeciosos, a redução de danos ao corpo provocados por riscos físicos ou mecânicos, a redução da exposição a produtos químicos e outros materiais tóxicos e a redução da contaminação de ambientes e pacientes. Para que proporcionem ou se aproximem dos 100% de eficiência eles devem ser selecionados e usados adequadamente, ajudando na garantia da qualidade, confiança na execução das tarefas e segurança do trabalho.
Os equipamentos de proteção individual são indispensáveis aos trabalhadores que lidam todos os dias com materiais contaminados, substâncias agressivas ao organismo e máquinas utilizadas no processo de esterilização, mesmo esse tema sendo conhecido por toda a equipa, ainda há erros que podem comprometer a organização do trabalho, por esse motivo, esses profissionais necessitam de estímulo para o uso adequado dos objetos que lhes oferecem segurança. Cabe à instituição oferecer ao trabalhador os materiais, mas cabe a estes utilizá-los a seu favor, por forma a que, as consequências possam ser irreversíveis, comprovando que é melhor prevenir que remediar. Nas nossas visitas a estabelecimentos de comércios e serviços  e nos nossos relatórios é sempre recomendado o uso de EPI para proteção dos trabalhadores.

           

Fontes:
·         MIGUEL, A.S. (2010), Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, 11Ed. Porto Editora.
·         Portal Empresarial da Maia, Equipamento de proteção individual - http://negocios.maiadigital.pt/hst/equipamento_proteccao_individual.
·         VEIGA, R. (coord.) (2009), Segurança, Higiene e Segurança no Trabalho, Veriag-Dashofer.
·         Diplomas legais e normativos nacionais e comunitários em vigor.

terça-feira, 20 de março de 2012

Iluminação nos locais de trabalho

Cerca de 80% dos estímulos sensoriais são de natureza ótica. Os olhos desempenham assim um papel fundamental no controlo dos movimentos e atividades do Homem. Uma iluminação adequada é uma condição imprescindível para a obtenção de um bom ambiente de trabalho. A inobservância deste ponto resulta normalmente em consequências mais ou menos gravosas, tais como:
·         Danos Visuais;
·         Tensões psicológicas e físicas;
·         Mau relacionamento pessoal e hierárquico;
·         Menor produtividade;
·         Maior risco de acidentes de trabalho.

Na realidade, a partir de um determinado valor do nível de iluminação (valor ótimo), que é a função da tarefa a executar, deixa de ser vantajoso um aumento da iluminação, pois a mesma passa a ser excessiva.
            A melhor iluminação é sem dúvida a resultante da luz natural, porém nem sempre é praticável o uso único da luz natural, pelo que será necessário recorrer complementarmente à luz artificial. Para que a luz artificial tenha qualidade deverá depender de alguns fatores, fundamentalmente:
·         Da sua adequação ao tipo de atividade em causa;
·         Da limitação do encadeamento;
·         Da correta distribuição das lâmpadas;
·         Da harmonização da cor da luz com as cores predominantes do local.

Fadiga Visual

Um aspeto bastante importante é o da fadiga visual decorrente de uma iluminação desadequada. Esta resulta do excesso de atividade do músculo ciliar do cristalino ou da retina, é o resultado do consumo energético para compensar o esforço necessário para proporcionar a focagem das imagens, através de reações psíquicas, físicas e psicofisiológicas. Esta fadiga manifesta-se por um conjunto de sintomas de incomodidade:
·         Visão toldada;
·         Dores de cabeça mais ou menos intensas;
·         Contração dos músculos faciais;
·         Postura incorreta do corpo.

Para contrariar o problema da fadiga visual o trabalhador e empregador podem optar por fazer algumas pausas na observação e adotar a rotatividade nos postos de trabalho.
A iluminância é medida na prática por um aparelho denominado luxímetro (Imagem 1), em que o seu princípio e funcionamento baseiam-se numa célula fotoelétrica.
Figura 1 - Luxímetro

Iluminação adequada

            Embora as recomendações sobre níveis de iluminação (iluminâncias) para diferentes países apresentem algumas discrepâncias, pode afirmar-se que, de um modo geral, os valores recomendados para os diferentes ambientes e tarefas a executar oscilem entre 150 lux e 2000 lux. São valores bastante inferiores aos obtidos com luz natural, constituindo assim uma solução de compromisso entre os valores que seriam convenientes e as limitações de cariz económico e técnico.

Existem tabelas de valores de iluminâncias para cada tarefa e por ramo de atividade:

Quadro 1 – Iluminâncias recomendadas para ambientes de trabalho



Quadro 2 – Níveis de iluminação e exemplos de atividades

 A norma ISSO 8995:1989 estabelece requisitos de iluminação interior de locais de trabalho para diferentes tarefas. Os valores apresentados são funções das exigências visuais de tarefas, da experiência prática e da eficiência energética. A norma apresenta critérios que visam o desempenho visual satisfatório e o bem-estar dos trabalhadores

Distribuição de luz

Um nível de iluminação bastante elevado é geralmente desaconselhável. Verifica-se que níveis de iluminação superior a 1000 lux aumentam o risco de reflexos prejudiciais e contraste excessivo. Se o olho humano necessita do contraste para funcionar eficazmente, este não deve ser muito acentuado. Encadeamento instantâneo ou permanente aparece quando há uma distribuição muito desigual de luminosidade no campo de visão. Para que haja um contraste aceitável (valores próximos de 1) devem ser evitados:
·         Tampos de mesa refletores;
·         Paredes brancas com soalhos escuros;
·         Tábuas pretas em paredes brancas;
·         Elementos de máquinas polidos.
É igualmente conveniente equipar as janelas com persianas ajustáveis ou com cortinas translúcidas de modo a evitar um contraste excessivo em dias de sol intenso.

O fenómeno do encadeamento (instantâneo ou permanente) surge quando existe uma distribuição muito desigual da luminosidade no campo de visão. O encadeamento pode resultar em situações indesejáveis como a perda de produtividade ou mesmo em acidentes de trabalho.

Uma correta distribuição das fontes de luz no interior de um ambiente de trabalho tem igualmente uma importância fundamental na prevenção do encadeamento.  
O ângulo entre a horizontal e a linha que vai do olho à lâmpada deve ser superior a 30º - figura 2

Figura da esquerda – uma só lâmpada cuja reflexão atinge o campo de visão do trabalhador, com risco de encadeamento: ERRADO
Figura da direita – reflexão de duas lâmpadas, colocadas lateralmente, que não atinge o campo de visão, evitando o encadeamento: CERTO

Luminárias 

            As luminárias são dispositivos que distribuem, filtram ou transformam a iluminação proveniente de uma ou várias lâmpadas e incluem os elementos necessários para fixar e proteger essas lâmpadas e para ligá-las a uma fonte de energia. Quanto à forma de distribuição da luz, as luminárias são classificadas em diretas, semi-directas, difusas, semi-indiretas e indiretas.
            Nas luminárias diretas o fluxo luminoso incide sobre o plano de trabalho, de maneira a que se produza a menor dispersão possível. Estas luminárias permitem o máximo aproveitamento da energia consumida, o que traz vantagem sob o ponto de vista da eficiência energética. Por outro lado, originam zonas muito iluminadas e zonas de sombra nas suas imediações, o que pode aumentar o risco de encadeamento. Quanto às luminárias indiretas estas proporcionam uma iluminação agradável sem encadeamento. Esta é obtida por reflexão total da luz nas paredes e no teto, o que requer uma boa conservação das pinturas de cores claras, este tipo de luminárias são mais dispendiosas em termos de consumo de energia elétrica.
            Nos outros tipos de luminárias encontra-se uma combinação de luz direta que vem da luminária com a luz que é refletida pelo teto, paredes, equipamentos, entre outros.

            Existem três principais tipos de lâmpadas, sendo elas:
·         Lâmpadas de incandescência – tipo de lâmpadas mais antigo, apresentam um rendimento luminoso mais baixo e uma vida relativamente curta, embora a sua instalação seja fácil e o seu custo relativamente baixo.
·         Lâmpadas fluorescentes – rendimento luminoso mais elevado que o da anterior bem como o seu tempo de vida.
·         Outros tipos de lâmpadas – vapor de mercúrio e vapor de sódio.

Manutenção das instalações de iluminação

            A manutenção da rede de iluminação deve ser cuidadosamente planeada, por razões de ordem técnica e económica. Na manutenção das instalações de iluminação há vários aspetos a ter em conta, tais como:
·         Limpeza periódica das luminárias (de forma a que o rendimento das mesmas não seja afetado pela acumulação das poeiras);
·         Verificação regular do estado das paredes e dos tetos (os custos da lavagem ou pintura são compensados por uma maior eficiência luminosa/energética);
·         Existência de uma boa iluminação;
·         Substituição, em grupos, das lâmpadas fluorescentes (quando se atingir 60% ou 70% da sua vida útil, altura em que a sua fiabilidade decresce rapidamente);
·         A manutenção das instalações de iluminação deve ser levada a cabo por mão-de-obra especializada, a horas convenientes, fora do horário normal de serviço ou aquando de uma paragem de produção. A substituição em grupo comporta menores custos e traz vantagens à conservação da instalação.

Reflexão

            No decorrer das atividades que vou realizando, o problema da iluminação vai-se encontrando determinadas vezes ou por insuficiência desta ou reflexos e encadeamentos da mesma. Quando estes problemas se encontram e os clientes mostram dificuldades em resolvê-los economicamente, o que se aconselha são pequenos aspetos, como mudança da disposição das secretárias, a fim de, resolver os reflexos nos ecrãs dos computadores e os encadeamentos dos funcionários. No caso da fraca iluminação quando não é possível alterar o tipo de luminária ou alterar a parte elétrica do espaço, o que se recomenda é o uso de candeeiros para reforçar a iluminação local. Dos locais que vistoriei, essencialmente estabelecimentos de comércio e serviços, e dos relatórios que elaborei, pude perceber que é difícil encontrar um espaço com o nível de iluminância adequado, os empregadores não entendem muitas das vezes a importância da luz, usada corretamente, nos postos de trabalho. O nosso papel passa por alertar os clientes para esta problemática reforçando sempre a nossa ideia em bases e normas legais, como, por exemplo, as normas já referidas no decorrer do texto, o decreto-lei nº243/86 que regula a higiene e segurança no trabalho nos estabelecimentos comerciais, escritórios e serviços e a portaria nº53/71 (Alterada pela portaria nº 702/80) que regula a segurança e higiene no trabalho nos estabelecimentos industriais.      


Fontes:
·         MIGUEL, A.S. (2010), Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, 11Ed. Porto Editora.
·         VEIGA, R. (coord.) (2009), Segurança, Higiene e Segurança no Trabalho, Veriag-Dashofer.
·         Diplomas legais e normativos nacionais e comunitários em vigor.